2005

 

Ares de Lisboa, Ares do Sul

Este livro reúne uma seleção de setenta e sete obras do autor, realizadas entre 1982 e 2005, que deram origem à exposição “Ares de Lisboa, Ares do Sul”, inaugurada no dia 2 de Novembro de 2005, no Altis Park Hotel, em Lisboa, na presença do senhor Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Taveira Martins. Uma seleção mais restrita esteve posteriormente exposta no Hotel Açores Lisboa.

2010

 

Lisboa, o Tejo e tudo…

Este livro reúne uma seleção de setenta e quatro obras do autor, realizadas entre 2006 e 2010, trinta e nove das quais deram origem à exposição “Lisboa, o Tejo e tudo…”, inaugurada no dia 11 de Dezembro de 2010, na galeria gest’Arte, sob coordenação do Arq. João Balthazar, no INDEG/ISCTE, em Lisboa.

Prefácio do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Manuel José Taveira Martins: 

É com o maior gosto que escrevo umas breves palavras neste trabalho artístico, correspondendo assim ao convite me foi formulado pelo seu autor, militar cuja dedicação tem prestigiado a Instituição a que pertence.

Este livro aborda os diversos temas produzidos por Lemos Viana, particularmente as várias produções pictóricas que realizou para a Força Aérea, durante a sua carreira militar.

Detentor de uma grande criatividade e de um apurado sentido estético, as suas realizações no campo da pintura, revelam uma apreciável qualidade artística, amplamente comprovada nos inúmeros trabalhos que efectuou quer em aeronaves, quer em outras actividades militares, sediadas em unidades e órgãos da Força Aérea.

Esta Instituição sempre tem apoiado a capacidade criadora e artística dos seus militares e civis, pelo que a presente iniciativa tem a maior aceitação da sua Chefia.

É pois justo reconhecer, o prestimoso contributo que o autor deste livro tem vindo a conceder a esta Instituição Militar, tornando mais digna e esteticamente agradável a sua imagem, quer no seio dos militares e civis que a servem, quer junto da sociedade civil.

Prefácio do Artistas Plástico e Historiador Leonel Borrela:

O transitório na arte e em António Viana

A constante valorização da transparência em António de Lemos Viana é um sério desafio às premissas da arte contemporânea, cada vez mais descomprometida com a representação do que quer que seja.

Com a globalização quase não há expressão plástica que se aguente, tal o efémero e, quantas vezes, o vazio das realizações artísticas actuais. Contudo, sem ironia, até este vazio já é arte e conceito de invisibilidade tem a pretensão de negar a sua própria relação cm o mundo, absurdo que o artista desmente através da sua obra.

Viana conhece os segredos do espaço e sabe como utiliza-lo, sem o tornar opaco e pesado; sabe transformar a bidimensionalidade do grande mural, da tela ou do papel, numa miragem artística que não se dissolve com a aproximação, ganhando os contornos da eterna suspensão de um momento altamente significativo que a pincelada descontínua ou traço interrompido acentuam.

O artista não nega a beleza, nem o movimento, nem a vida. Do lado do observador é também um crítico social que transfigura a sua arte, que a desmonta e reconstrói sob diferentes formas.

Cremos que as próximas incursões artísticas de Viana poderão trazer o fruto, com o consequente reconhecimento público, da semente inovadora que em si germinou há mais de vinte anos, quando na Força Aérea, soube articular a pintura com a sua vida profissional.

Vamos ficar atentos aos seus voos no espaço; aos símbolos, à história e à paisagem do nosso país; à transparência, à suavidade e à paixão dos seus impulsos plásticos.