Biografia
António de Lemos Viana nasceu em Lisboa em 1959. Desde cedo que começou a desenvolver o seu interesse pela arte, tendo o seu pai como modelo de inspiração. Enquanto via o pai pintar, comia aguarelas e saboreava pincéis. O contacto com as tintas, papeis e pincéis foi algo muito natural. O primeiro carvão que desenhou foi o retrato da mãe. Aos 14 anos evoluiu para Banda Desenhada. No 25 de Abril participou na pintura de paredes e murais de rua. A sua paixão pela expressão artística foi sendo explorada com técnicas e materiais diferentes sempre que surgia a oportunidade.
Aos 18 anos ingressou na Força Aérea. A sua atividade profissional juntamente com a prática de râguebi e remo deixaram-no sem tempo para as artes. No entanto não conseguiu desligar-se da sua verdadeira paixão e acabou por se inscrever num curso de Belas Artes que, pela sua ampla componente teórica, não dava resposta à sua necessidade de expressão plástica. Inscreveu-se então no Curso de Pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) orientado por professores como Rui Mário Gonçalves e Rolando Sá Nogueira, entre outros. Aqui aprofundou os seus conhecimentos de cor, contornos, fotografia, e desenho de exterior, entre outras valências.
Foi praticando o desenho a carvão e a tinta da china, sem se preocupar em vender. Começou a pintar telas porque sentiu necessidade de preencher as paredes brancas da sua casa. Desenhava e pintava retratos de amigos e oferecia-lhes. Quando se mudou para a Beja o espaço aumentou. Foram precisas decorações para o espaço da Base da Força Aérea de Beja, assim como lembranças para os recém chegados e pessoal que ia embora. Os temas dos pilotos, dos emblemas e da cidade de Beja foram sendo explorados. Em contexto da sua atividade pintou dois aviões, duas carrinhas, um carro e vários capacetes em aerógrafo.
Seguiram-se várias exposições e a proposta para o lançamento do seu primeiro livro.
Hoje, reformado da sua carreira na Força Aérea, ainda residente em Beja, continua a fazer trabalhos por iniciativa ou por encomenda, sempre com grande paixão por cada pincelada que dá.
Esteticismo e Simbolismo
Como se pode ver pelo seu percurso artístico, António de Lemos Viana sempre viu a arte como uma forma de expressão e não como um negócio. Para o artista, a arte é para todos e deve ser uma ferramenta de expressão das próprias paixões. Onde se sente mais livre é na pintura a óleo e é nessa técnica de se reflectem os seus trabalhos mais supremos. As pinceladas largas e soltas revelam muito da sua personalidade.
A grande presença de simbologia relacionada à Força Aérea no seu portfólio da-se pelo contexto em que viveu durante a sua carreira e pelo seu interesse que tem na Aeronáutica Militar.
Obra
Os seus trabalhos encontram-se difundidos em Portugal e no Estrangeiro, estando representados em diversas coleções particulares, instituições públicas, privadas e em várias instituições da Força Aérea Portuguesa.